Homem e Máquina se lubrificam, se comunicam, se ludibriam por entre mil sentidos. Convivem no instante, no incalculável do cotidiano. O Homem se atravessa. Percorrendo tempos a fio, constrói muletas e muralhas. A Máquina entra em cena como trunfo, e termina por modificar o Homem para sempre. Aprendemos a fazê-las, aprendemos a operá-las, aprendemos a amá-las. Negar o fato é fingir-se de cego quando enxergar não demanda olhos. Para escapar à mesmice a Máquina também aprende com o Homem. Sentimentos e desejos escorrem através de uma engrenagem objetiva, de lentes que sentem antes de julgar. Idéias engendradas na mão percorrem o pensamento em foco. Por entre o preto e o branco há longas distâncias acinzentadas, são contrastadas por beleza rude em feixes de realidade. Em simbiose plena num corpo fechado, há mais que a percepção da luz por detrás do olhar, há um Homem que pensa, uma Máquina que sente.
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